Sofia Bertolin Alunos da Escola Estadual Básica Claudino Crestani participaram pela primeira vez da ONEE – Olimpíada Nacional de Eficiência Energética, promovida pela ANEEL – Agência Nacional de Energia Elétrica. Sete alunos conquistaram medalhas de ouro, outros seis alunos conquistaram medalhas de prata.
“Eficiência energética é encontrar modos de gastar energia de uma forma mais sustentável, a gente pode fazer isso comprando produtos com selo Procel A, ou desligando as luzes quando saímos de um cômodo, por exemplo. Achei muito bom participar, aprendi coisas novas e incentivo outras pessoas a participarem, pois isso pode abrir muitas oportunidades”, conta Letícia Machiavelli, uma das alunas medalhistas de ouro que participou da ONEE.
Esta foi a segunda edição da ONEE – no ano passado, apenas quatro estados participaram da Olimpíada, neste ano, somente o Amazonas não participou. Ela é aberta para alunos do 8º e 9º ano. “Descobri que a ONEE estava acontecendo logo antes do encerramento dos prazos de inscrições, então consegui 14 alunos dispostos a participar, no caminho uma menina desistiu”, conta Rubens Luvison, que foi o professor orientador do projeto na escola.
Ele explica que para que os alunos pudessem participar da ONEE foi necessário fazer um curso: “Eu fiz esse curso, em três etapas, conforme eu realizava as avaliações, liberava material de estudo para os alunos. Uma das orientações era passar esse curso que eu tive para os alunos e fiz isso durante as nossas aulas, então além dos 13 alunos que participaram da Olimpíada, os demais estudantes tiveram acesso a esse conteúdo”.
Ele afirma que as aulas eram bem dinâmicas, com explicações e resoluções de exercícios. Entre os conteúdos trabalhados estão a eficiência energética, características e análise do selo Procel, análise de uma conta de luz e cálculos para identificar o imposto embutido na fatura de energia, entre outros.
“Foi um momento de muito aprendizado, tanto que a ONEE é considerada hoje, uma das olimpíadas mais elaboradas e com aprendizagem que existe no Brasil, ficando na frente até da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas – OBMEP”, ressalta Rubens.
Após a finalização do curso, os alunos realizaram duas provas, a primeira era discursava e foi realizada de maneira on-line; a segunda prova foi de gamificação, que também foi feita de maneira on-line. Os alunos receberam um modelo de casa e quatro opções de loja de materiais de construção. A partir disso tiveram que colocar lâmpadas, geladeira entre outros eletrodomésticos; ganhava quem montava a casa com maior eficiência energética. As provas não eram fáceis, envolviam muitos cálculos e ambas tinham 2 horas de duração.
Os 13 inscritos conquistaram medalhas, sendo sete de ouro e seis de prata. “Confesso que ficamos surpresos com o resultado, por ser a nossa primeira participação, todos os nossos alunos receberam medalhas. A Claudino Crestani foi uma das escolas que mais recebeu medalhas de ouro no estado de Santa Catarina, ficamos à frente de escolas militares de Chapecó e da escola São Vicente de Itapiranga, que sempre tem altos índices no Ideb”, comemora o professor.
Os alunos medalhistas estão automaticamente inscritos para as Olimpíadas de Eficiência Energética de 2023. Como a experiência foi muito positiva, a ideia da direção é incentivar mais alunos a participarem no próximo ano.
Além das medalhas, 34 estudantes de todo o Brasil foram selecionados para ir até Brasília no dia 7, receber uma bolsa de estudo de R$ 3 mil e um notebook.
Medalhas de prata - Analu de Moura Ribeiro 9º ano;
- Evelyn Padilha Gonçalves 9º ano;
- Grazieli Ribeiro 9º ano;
- Izadora Boscardin Holz 9º ano;
- Maicon Nunes dos Santos 9º ano;
- Rafaela Pauletti 9º ano.
Medalhas de ouro - Fernanda Squena Bortot 9º ano;
- Gabriela Pauletti 9º ano;
- Igor Dahmer Jacovas 8º ano;
- Laura Ferazzo 9º ano;
- Letícia Machiavelli de Moraes 9º ano;
- Marcos Antonio Franco 8º ano;
- Valentine Pedó Bissani 9º ano.
Depoimentos: Nos depoimentos, os alunos relataram que a experiência de participar da olimpíada foi muito positiva: “Foi bem legar participar, achei que nem ia conseguir, mas ganhei medalha de prata”, relatou Maicon.
“Acho que foi um curso bem legal, com certeza vai acrescentar na nossa vida, nos estudos e pra gente ter mais conhecimento sobre energia e os gastos que temos no dia-dia. No ano que vem espero que mais pessoas participem”, diz Evelyn.
O aluno Marcos, do 8º ano, disse que gostou de participar e no próximo ano fará a prova novamente.
Rafaela, conta que a colaboração dos professores, diretores e dos pais foi muito importante. “Se surgirem mais oportunidades como essa nós vamos correr atrás”, afirmou ela.
“Foi bem importante fazer a prova, tem muitos conteúdos que iremos ver no ensino médio. O que estudamos não vale só para a ONEE, mas também pro Enem. Tem também a bolsa de estudos que é um bom incentivo, nada melhor do que você fazer algo para poder ganhar alguma coisa”, finaliza a aluna Laura, que também foi medalhista de ouro.
