A Casa Familiar Rural de São José do Cedro, sob direção de Eloir Boniatti desde 2002, adota um modelo educacional diferenciado, os alunos passam uma semana na escola e outra aplicando os conhecimentos em casa. A instituição recebe estudantes de São José do Cedro e de outros municípios da região, como Guarujá do Sul, Princesa, Palma Sola, Dionísio Cerqueira e até Barracão (PR).
Atualmente, a escola enfrenta um impasse para formar uma nova turma. Com 19 alunos matriculados, a unidade precisa de pelo menos 20 alunos para garantir o início das aulas.
Nos últimos meses, o termo de fechamento de escolas rurais impactou diretamente a Casa Familiar Rural. “Houve perda de alunos, devido à insegurança gerada por essas notícias, mas agora já está tudo resolvido. A escola vai continuar sem nenhuma restrição e com total apoio do Estado e do município”, explica o diretor.
Segundo Eloir, o problema começou com dificuldades pontuais em algumas instituições rurais, mas o governo acabou generalizando a situação. “Com bastante pressão da sociedade, deputados e boa parte da população, o governo percebeu que havia se precipitado e voltou atrás. Porém, algumas feridas ficaram”, comentou.
Nos últimos anos, a escola não teve dificuldades para atingir o limite máximo de 35 alunos por sala. Em 2024, o cenário mudou: "Nosso segundo ano tem hoje 29 alunos. Começamos com 35, que é o máximo permitido. Se não fosse essa incerteza, teríamos atingido novamente esse número para o primeiro ano", afirma Boniatti.
O impacto foi duplo: além de perder dez alunos já matriculados, a escola viu a procura despencar. "As notícias de fechamento surgiram justamente no período de matrículas. Se algum aluno que se matriculou em outra instituição quiser estudar conosco, basta solicitar a transferência", esclarece.
Apesar dos desafios, a Casa Familiar Rural mantém seu compromisso com a formação técnica e rural dos estudantes da região. O espaço continua aberto para visitas e novas inscrições.