O município de Anchieta conta atualmente com duas bibliotecas escolares: uma localizada no Centro Municipal de Educação Infantil e Fundamental (CMEIF) e outra na Escola Municipal de Educação Infantil e Fundamental da comunidade de Chavantes. Esses espaços têm se mostrado essenciais na formação leitora dos estudantes da rede municipal, oferecendo não apenas acesso a livros, mas também projetos e ações voltadas ao incentivo à leitura.
No CMEIF, além de atender os alunos da escola, a biblioteca também funciona como Biblioteca Pública Municipal, estando aberta à população para empréstimos e consultas. O acervo é organizado por faixas etárias e temas de interesse, o que torna o ambiente mais funcional e acolhedor. Parte significativa dos livros presentes neste espaço foi herdada da antiga Biblioteca Pública do município, desativada há alguns anos.
Já na escola da Chavantes, a biblioteca passou por uma importante reforma para oferecer mais conforto aos alunos. Foram trocados os pisos, repintadas as paredes e adquiridas estantes padronizadas. O investimento ficou entre R$ 7 mil e R$ 10 mil, custeado totalmente com recursos próprios da Prefeitura de Anchieta.
Para além do espaço físico, a Secretaria de Educação desenvolve ações permanentes que incentivam o gosto pela leitura, como a implantação dos “Cantinhos da leitura” nas salas de aula e a distribuição de materiais de apoio aos professores. Um dos destaques é o “Chá literário”, evento realizado anualmente com foco em obras e autores previamente trabalhados em sala, promovendo uma imersão literária entre os alunos.
“A leitura é indispensável para a construção do conhecimento” afirma Paula explicando: “Por isso, implantamos uma hora semanal de leitura em todas as turmas”, conclui a secretária de Educação do município. Ana Paula também projeta a aquisição de novos títulos que dialoguem com os interesses dos jovens. “A gente precisa atrair esse público com livros que conversem com a realidade deles. Isso faz toda a diferença”, pontua.
No CMEIF, a professora Gilvana Maria Guerini, responsável pela biblioteca, também compartilha o compromisso de despertar o gosto pela leitura. “A nossa escola sempre teve biblioteca. Os livros são adquiridos por meio de compras da escola, da Secretaria de Educação, por projetos e também por doações. Sempre buscamos atualizar o acervo com novos títulos".
Além da hora semanal de leitura, a escola desenvolve o projeto “Estante Mágica”, que está em andamento e será finalizado no fim do ano. “As trocas de livros são feitas semanalmente e, desde que comecei, meu objetivo tem sido despertar a curiosidade e o prazer da leitura. Organizei os livros por coleções e títulos e incluí atividades lúdicas como contação de histórias, o que vem trazendo bons resultados”, afirma a professora.
Segundo ela, a resposta dos alunos tem sido positiva. “Aos poucos, a curiosidade está sendo despertada e a procura pelos livros tem aumentado. Na escola tudo é um processo de construção”, reflete. Gilvana ainda deixa um recado aos jovens que têm dificuldades com a leitura: “Quem lê mais viaja sem sair do lugar, expande a mente, enriquece o vocabulário e compreende melhor o mundo e as pessoas ao seu redor”.