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24/07/2020 às 08h09min - Atualizada em 24/07/2020 às 08h09min

Covid-19

Coluna de opinião do jornal impresso

A pandemia já fez inúmeras vítimas, deixando por todo lado muitas tristezas, preocupações e dificuldades econômicas experimentadas por todos. Quando vemos o número de óbitos subir todos os dias e notícias de hospitais lotados, conclui-se que Isso tudo vem sendo visto de forma natural e aceitável. Aja visto o número de pessoas que se aglomeram pelo país afora, sem a preocupação de cuidar de si e do próximo. Parece mesmo que o ser humano não quer aprender e resiste às novas normas e formas de viver. Especialmente o isolamento social e o uso de máscaras. Até que não seja aprovada e aplicadas as vacinas, esse mal estará sempre rondando, não desaparecerá.
                Mas quando a morte pela covid19, leva uma pessoa com a qual convivemos, então sim, se percebe o quanto estamos vulneráveis. Dia 15 deste mês, quando o sino bateu anunciando o falecimento do Padre Fiorenzo Bertoli, nós anchietenses nos enchemos de tristezas e lembranças amorosas remetidas a ele. Os padres italianos permaneceram em nosso município por cerca de uma década e aqui deixaram muitas boas marcas do trabalho desempenhado. O Padre Fiorenzo foi muito amigo e querido por todos. Incentivava as pessoas a lutarem por seus direitos, pela questão humanitária e formação de lideranças.
                Lembro-me de que ele disse que gostava do pão feito pela panificadora Anchieta, pois o mesmo era semelhante ao pão de sua Terra, a Itália. O maior exemplo de amor ao próximo e caridade, praticado por esse bondoso Padre Fiorenzo, foi quando uma família muito carente teve o falecimento da mãe. Ficaram quatro crianças na maior necessidade de tudo e sem ninguém por elas. O padre Fiorenzo falou que elas não iriam ficar assim. Não mesmo! E ele buscou as crianças e as adotou. Levou-os para junto de si e teve a responsabilidade de educar, ensinar valores, enfim, assumiu os mesmos como família. Depois de algum tempo foram transferidos para Goiás. Levaram as crianças que lá cresceram e sob suas orientações foram se encaminhando.
                O padre Fiorenzo retornou algumas vezes para visitar os amigos, os quais considerava um tanto família. E agora depois de um caminho missionário e corajoso, infelizmente foi infectado pelo corona vírus, sendo a causa de seu falecimento, aos 72 anos de idade. Retornou para a casa do Pai, onde deve estar agora a nos abençoar.
Nossa eterna gratidão a Deus por nos oportunizar conhecer e ter como irmão e amigo, essa pessoa tão especial, Padre Fiorezo. Estava no Brasil desde 1985 e trabalhou em diversas paroquias.
 
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