Civismo em dose dupla
Coluna de opinião do jornal impresso
Larissa Dias
07/11/2020 09h25 - Atualizado em 07/11/2020 às 09h25
No próximo dia 15 de novembro os brasileiros eleitores, terão dupla oportunidade de exercer seu dever de cidadão: Comemorando a proclamação da República e ao mesmo tempo votando, para eleger prefeito de um dos 5.570 municípios brasileiros. Fato lamentável é o número de candidatos que receberam indevidamente o auxílio emergencial fornecido pelo governo federal em função da epidemia do Corona vírus. Segundo auditoria feita pelo Tribunal de contas da União (TCU) identificou 10.724 candidatos a prefeito e vereador na eleição municipal de 2020 que declararam patrimônio superior a 300 mil e receberam parcelas de auxilio emergencial. O relatório foi apresentado no plenário do Tribunal de Contas da União dia 28 de outubro pelo ministro Bruno Dantas. O cruzamento de dados também identificou 1.320 candidatos milionários que conseguiram o benefício. Causa espanto o cinismo e falta de caráter desses maus brasileiros. Por isso requer atenção dos eleitores para quem dar seu voto na urna.
Diante de tanta falta de escrúpulos me ocorreu o que O grande Rui Barbosa escreveu: De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto. Concordo em quase tudo com Rui Barbosa. Não podemos sentir vergonha de sermos honestos, também não devemos nos deixar levar pelo pessimismo. Não é lícito concordar com esses desmandos. Como brasileiro espero e quero crer que esses maus brasileiros terão que devolver o que receberam indevidamente. Não conheço tais candidatos, se os conhecesse com certeza não teriam meu voto. Mesmo porque não sei quais suas jurisdições.
Neste 15 de novembro lembre-se são 131 anos da Proclamação da República: Tenha em mente que você é livre, e sua vontade é soberana, não se deixe ludibriar você é o único responsável pelo seu voto. Portanto seja o autor da sua história e não massa de manobra.
Por Reinaldo Guimarães
FONTE: Da redação