Do caos à realidade

Nas vésperas das eleições de 2022, tanto no primeiro quanto no segundo turno, havia pessoas pregando que se o candidato A fosse eleito seria o fim do mundo, ou melhor, o fim do Brasil. Comércios fecharia as portas, empregos seriam perdidos, o país pararia. O mesmo clima estava presente nas eleições de 2018, onde haviam pessoas pregando que se o Candidato B vencesse, no dia 1º de janeiro de 2019 estariam todos nas ruas armados e matando uns aos outros, não restaria uma única árvore sequer porque tudo seria desmatado e o militarismo tomaria conta do país.
A realidade é: essas pessoas vendem o caos, se alimentam do medo, e precisam que você acredite que estamos sempre à beira do abismo.
Quem em 2018 estava morrendo de medo do Bolsonaro se eleger, em fevereiro de 2019 estava despreocupado curtindo a vida e festejando o carnaval. Quem em 2022 estava jurando que seria o fim do país se o Lula vencesse, já está se organizando para assistir aos jogos da copa e fazer as viagens programadas de fim de ano.
O que isso significa? que o Brasil é grande demais para definhar por conta da pessoa A ou B. Que os brasileiros são mais fortes e tem mais potencial de simplesmente encontrar um jeito e seguir, independente de quem sente na cadeira presidencial. Que, há impactos sim em nossas vidas conforme as decisões do presidente, mas também há um Congresso e um Judiciário atuando (bem ou mal).
Em resumo: sua vida vai continuar. Não deixe o medo tomar conta de você, nem passe a acreditar que há um salvador da Pátria em Brasília. Não há! A sua vida é responsabilidade sua, e você pode fazer mais por si mesmo do que qualquer político.

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