29/03/2024 às 15h00min - Atualizada em 29/03/2024 às 15h00min
A Casa do AEE oferece suporte para crianças cedrenses
No local, são atendidas necessidades educacionais de alunos com deficiências e transtornos globais de desenvolvimento, como autismo e TDAH
Professoras da sala do AEE e de reforço trabalham com cerca de 20 crianças. (Foto: Ruthe Kezia) A Secretaria de Educação de São José do Cedro conta com um novo espaço, ao lado da Escola CEMEG Educação Infantil. A Casa do AEE (Atendimento Educacional Especializado), como é carinhosamente chamada pelos professores, visa atender às necessidades educacionais de alunos com deficiências e transtornos globais de desenvolvimento, como autismo e TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade), proporcionando-lhes um ambiente adaptado e suporte especializado. No local, ainda são ministradas aulas de reforço e aulas de espanhol.
“Temos uma demanda grande de alunos, são mais de 20, então ter um local com mais espaço e recursos para trabalhar era um sonho de nós professores, da escola CEMEG e da Secretaria de Educação”, afirma a professora especializada em educação especial, Jéssica Júlia Meazza.
A casa conta com um espaço para as aulas de espanhol, uma sala onde futuramente será implantado o curso de robótica, uma sala de AEE, uma sala sensorial – pensada para atender principalmente os alunos autistas, além de uma sala de reforço, banheiro e cozinha.
Segundo a professora Jéssica, o AEE trata da educação inclusiva, onde são atendidos especificamente às crianças que têm algum transtorno de aprendizagem, tem TDAH, TOD (Transtorno Opositor Desafiador) ou autismo, por exemplo. Na sala sensorial o atendimento é para os alunos autistas, que podem apresentar crises de comportamento e/ou sensibilidades sensoriais (auditiva, sonora, visual. “Quando em um atendimento o aluno entra em crise, conseguimos levá-lo para a sala sensorial, que oferece o suporte que ele precisa no momento. É onde ficam os materiais que podemos fornecer aos alunos para que eles se organizem, como a cabana e o balanço sensorial”, explica.
Pela lei, no AEE ocorre o trabalho pedagógico e não clínico, então os alunos não precisam apresentar laudo médico para frequentar o AEE.
“Não trabalhamos em cima de um laudo médico, até porque, temos que prestar atendimento a todas as crianças que são necessitadas. O laudo ajuda o nosso trabalho, pois é em cima dele que faremos a análise, mas mesmo sem laudo faremos o atendimento, pois o objetivo é não defasar a aprendizagem dessa criança. O laudo não pode ser empecilho para o desenvolvimento escolar da criança”, reforça a professora.
O AEE atende todos os alunos do município, enquanto o reforço escolar e o espanhol abrangem os alunos do CEMEG.
Um dos alunos que frequenta o AEE é Joaquim, de nove anos. Joaquim tem autismo, TDAH e altas habilidades/superdotação. Juntas, essas condições podem ser chamadas de dupla excepcionalidade. Nivaldo Fagundes Júnior, pai do menino, relata que desde que o filho começou a frequentar o AEE, ocorreu uma mudança de comportamento.
“O Joaquim teve uma aceleração de série em 2022, quando passou do 1º para o 3º ano. Nessa fase também iniciou no AEE, que foi muito importante para a mudança no comportamento escolar dele. Como ele possui altas habilidades na área acadêmica, o ambiente escolar sempre foi pouco interessante para ele. A sala do AEE mudou a percepção dele, de um aluno problemático para um aluno muito dedicado e querido. A sala do AEE, juntamente com a segunda professora ajudam muito o Joaquim, pois ele é um aluno diferente, com habilidades e prejuízos decorrente da sua condição”, relata o pai.
Para o futuro, Nivaldo, assim como outros pais, esperam que haja cada vez mais investimento na Casa do AEE.
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