09/04/2024 às 09h30min - Atualizada em 09/04/2024 às 09h30min
Escola Elza tem experiência com educação integral no ensino fundamental
Projeto atende as turmas de sexto e sétimo ano no contraturno com atividades que proporcionam o desenvolvimento intelectual, física, emocional, social e cultural dos alunos
Projeto de educação integral iniciou em 2023 com as turmas do sexto ano. (Foto: Ruthe Kezia) A Educação Integral compreende que a educação deve garantir o desenvolvimento dos alunos em todas as suas dimensões: intelectual, física, emocional, social e cultural. Levando isso em consideração, no ano passado o Estado implantou uma experiência com a Educação Integral nos anos finais do ensino fundamental. A instituição que abraçou esse projeto foi a Escola Estadual Elza Mancelos de Moura, de Guarujá do Sul.
Conforme lembra o diretor, Ademir Arlindo Kuhn, em 2023 a escola começou a atender em tempo integral uma turma de sexto ano, neste ano a escola atende duas turmas uma do sexto e outra do sétimo ano. A ideia é que ano a ano sejam atendidas mais turmas, até chegar ao Ensino Médio.
“Somos uma das únicas escolas da Regional de Educação de Dionísio Cerqueira, com o ensino integral nos anos finais do ensino fundamental, justamente por nosso espaço físico ser bem amplo. É uma experiência nova, mas penso que é um caminho sem volta. Os pais trabalham o dia todo, então a ideia é que a escola seja esse local seguro, de convivência fraterna e conhecimento para os filhos”, relata o diretor.
Os alunos chegam na escola por volta das 7h30 e permanecem em aula até às 11h30, a partir daí entram em horário de almoço e de descanso, acompanhados pelos orientadores pedagógicos até às 13h quando iniciam as atividades do contraturno. Além de musicalização e atividades esportivas, os alunos têm aulas nos laboratórios de matemática, ciências da natureza e no espaço maker. Essas atividades se estendem até às 16h15, depois disso os alunos podem escolher [mediante autorização dos pais] ir para casa ou permanecer na escola até às 17h.
“Estes momentos de intervalo e desancando precisam ser pensados e planejados, nada pode ser por acaso, pois precisamos pensar em proporcionar momentos de aprendizado e recreação aos alunos. Nós também estamos aprendendo a lidar com esse novo modo de ensino, os professores também não tiveram formação específica para essa modalidade, então ao mesmo tempo que se ensina, se aprende”, conta o diretor. Segundo ele, várias atividades são testadas, se a adesão dos alunos for boa, ela é mantida. Um exemplo que não deu certo, segundo a escola, foi o cinema no horário de descanso. Atividades que proporcionam movimento, com passeios e atividades esportivas são mais aceitas.
O diretor reforça que o modelo tem pontos positivos e negativos, e que muitas vezes esses projetos são propostos pelo Estado, mas se a escola não abraçar a causa, eles não vão para frente, pois o estado é moroso no que diz respeito a fornecer uma formação aos professores, para que seja possível atender as crianças da melhor forma.
“Em relação à alimentação dos alunos não tivemos problemas, está vindo certinho. Mas na parte pedagógica o Estado está nos devendo, porque é um modelo diferente. Ensinamos aquilo que aprendemos e querendo ou não, isso é diferente, é uma nova realidade e uma nova experiência, a formação é importante e não tivemos isso ainda. Outra situação, é a que estamos sem livros didáticos para a turma do sétimo ano. Esses recursos pedagógicos também estão em falta”, conclui o diretor.
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