22/07/2024 às 09h00min - Atualizada em 22/07/2024 às 09h00min

Obesidade infantil aumenta ano a ano

A rede municipal de Campo Erê, realizou uma avaliação com 1.216 crianças, 13,2% apresentaram obesidade, o percentual de aumento foi de 1,6% em relação a 2023

Ruthe Kezia
Campo Erê
Cada criança é avaliada dentro de quatro parâmetros: peso para idade, estatura para idade, peso por estatura e Índice de massa corporal por idade. ASO/Ruthe Kezia
Ano a ano, o número de crianças e adolescentes com obesidade aumentam. Em Campo Erê, de 2023 a 2024, o aumento foi de 1,6%. As pesquisas são feitas anualmente pelos professores de educação física e nutricionistas da rede municipal, eles medem e pesam as crianças de 1 até 12 anos.
Conforme o Ministério da Saúde, crianças com obesidade correm riscos de desenvolverem doenças nas articulações e nos ossos, diabetes e doenças cardíacas. O aumento do sobrepeso entre crianças e adolescentes de Campo Erê é monitorado pela nutricionista da Secretaria de Educação, Marina Bernardi.
Segundo ela, a obesidade infantil está relacionada a fatores genéticos, estilo de vida familiar, má alimentação, sedentarismo e desequilíbrios hormonais. Além de causas psicológicas e emocionais, como as compulsões alimentares.
No ano passado foram avaliadas 1.088 crianças campoerenses, destas 145 apresentaram sobrepeso, 96 obesidade e 31 obesidade grave, em percentual o número de crianças obesas era de 11,6%. Um aumento considerável, já que em 2022 o percentual foi de 10,5%.
Neste ano, foram avaliadas 1.216 crianças, 161 apresentaram obesidade e 156 sobrepeso. O índice de obesidade aumentou 1,6%, ficando com 13,2%: “Esse é um dado assustador, pois sabemos que a obesidade infantil está só aumentando, não apenas no município como mundialmente. Estudos mostram que para 2035, metade das crianças estarão com o IMC [Índice de massa corporal] elevado. Este número, que atualmente está de 1 a cada 3 crianças no Brasil, pode passar para 50% dos casos, entre pessoas de 5 a 19 anos, nos próximos 11 anos. Isso implica no aparecimento de doenças futuras, como diabetes mellitus, doença cardíaca coronariana (isquêmica), acidente vascular cerebral e cânceres”, observa Marina.
Cada criança é avaliada dentro de quatro parâmetros: peso para idade, estatura para idade, peso por estatura e Índice de massa corporal por idade. As crianças são classificadas dentro desses parâmetros que são relacionadas a um padrão definido pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Esse padrão reflete o crescimento e o desenvolvimento do indivíduo, que busca avaliar a desnutrição e a obesidade.
Marina conta que chama até a escola, as famílias das crianças com diagnóstico de obesidade e realiza uma roda de conversa. com orientações nutricionais. Após essa conversa, é feito o encaminhamento da criança até a unidade básica de saúde, para realização de exames e acompanhamento nutricional individualizado com a nutricionista da Saúde.
Além disso, as escolas da rede municipal desenvolvem projetos como a restrição de açúcar na alimentação e o dia da fruta, que é realizado uma vez por mês com o intuito de aumentar o consumo de frutas, e o conhecimento sobre elas, através de uma mesa de frutas colorida.
“Programas assim, contribuem muito para a formação de bons hábitos alimentares, bem como nos dias festivos, onde as escolas e CEIs [Centro de Educação Infantil], através das manipuladoras de alimentos, se organizam para produção de lanches saudáveis. Tivemos a pouco tempo as festas juninas nos CEIs, com alimentos sem açúcares, rapadura feita com amendoim, uva passa, banana e leite em pó, cup cakes, bolos, crepes, entre outras preparações bem aceitas pelas crianças”, finaliza a nutricionista Marina.
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