Ando acompanhando o trabalho de alguns colegas e veículos de comunicação na realização de debates entre os candidatos a prefeito e vice. Como jornalista reconheço a importância do debate, colocar frente a frente os candidatos, justamente para saber o quê um tem a perguntar ao outro. Fazer aquela pergunta que muitas vezes o eleitor não tem coragem ou oportunidade de fazer. Comparado os debates dos candidatos aqui da nossa região, com os debates dos candidatos a maior prefeitura do Brasil, São Paulo, nossos candidatos estão se saindo muito bem. Óbvio que aqui eu puxei a régua muito para baixo. Francamente eu fico envergonhado com a baixaria, a lacração dos candidatos a prefeitura de São Paulo. O que deveria ser um ambiente de troca de ideias virou combustível para memes, ironias e piadas. Eu espero que por trás do humor e dos comentários irônicos, exista um movimento crescente de conscientização entre os eleitores.
Redes sociais Tenho certeza que o entretenimento e a lacração fazem parte da composição das redes sociais, todavia acredito que uma parte significativa dos eleitores saiba diferenciar muito bem a ficção da realidade, o sério do escárnio, o real do virtual. A agressividade e o exagero costumam garantir curtidas e engajamento no mundo dominado pelos algoritmos, mas não têm o poder de sustentar uma base eleitoral sólida, se isso não for acompanhado de ideias concretas para resolver os problemas que os moradores enfrentam. No fundo, é a reputação que conta. E reputação está relacionada à qualidade da informação compartilhada e não ao alcance da viralização.
