28/09/2024 às 10h00min - Atualizada em 28/09/2024 às 10h00min

Setembro amarelo e o direito das famílias

Coluna de opinião do jornal impresso

Juliane Silvestri Beltrame
Mês de setembro é conhecido como “setembro amarelo”, por enfatizar a necessidade que temos de falar sobre o suicídio.
 O suicídio é influenciado por uma série de fatores complexos, incluindo problemas de saúde mental, sociais, econômicos e culturais. Portanto, a prevenção do suicídio requer uma abordagem abrangente e multifacetada.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que cerca de 800.000 pessoas morrem por suicídio a cada ano em todo o mundo. No entanto, esses números representam apenas a ponta do iceberg, pois muitos casos de suicídio não são relatados devido ao estigma que ainda envolve o tema.
 Infelizmente boa parte da população tem sofrido com crises de ansiedade, traumas psicológicos, depressão, que por sua vez, tem contribuído para um número considerável de suicídio, inclusive nos últimos anos vem aumentando os casos em crianças e adolescentes.
A busca pelo autoconhecimento e pelo auxílio de profissionais especializados, como médicos psiquiatras e os psicólogos, sempre foi o caminho para se minimizar as dores emocionais sentidas pelos seres humanos.
A depressão tem acometido pessoas de diversas faixas etárias e a família tem um papel relevante para detectar os sinais da depressão, por exemplo: os pais devem estar sempre atentos às mudanças comportamentais de seus filhos. Isolamento, tristeza, angústias e desmotivação rotineira, podem indicar que algo não está bem e então faz-se necessário buscar auxílio médico.
Os pais são responsáveis legalmente e afetuosamente por seus filhos enquanto menores. As pessoas idosas também merecem atenção quanto a alteração de seus hábitos e atitudes. A família desempenha um papel fundamental na prevenção do suicídio, pois é muitas vezes o primeiro círculo de apoio para uma pessoa que está passando por momentos difíceis. Aqui estão algumas maneiras pelas quais uma família pode ajudar: comunicação aberta, educação e conhecimento sobre os sinais de alerta, apoio profissional e redução do acesso aos meios letais.
Apoio e carinho aliados ao olhar empático dos entes da família e ao aconselhamento da busca pelo tratamento adequado, são fundamentais para quem padece de dores na “alma” e até dores físicas, pelo surgimento de doenças psicossomáticas, que só podem ser diagnosticadas e tratadas por médicos.
A depressão é motivo de diálogo urgente! Jamais deve ser interpretada como uma simples e célere tristeza. Os amigos também têm um papel importante na prevenção do suicídio, muitas vezes participando como um sistema de apoio externo. Aqui estão algumas maneiras pelas quais os amigos podem ajudar: escuta ativa, oferecer um apoio e dialogar.
A prevenção ao suicídio é um esforço coletivo que começa com a família e os amigos. Vamos nos unir para criar uma sociedade mais compassiva e solidária, onde a prevenção do suicídio seja uma prioridade o ano todo.
 
Por: JULIANE SILVESTRI BELTRAME Especialista em Direito das Famílias e escritora.
 
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