16/12/2024 às 15h00min - Atualizada em 16/12/2024 às 15h00min
Facilitando o aprendizado com o espaço Maker
O laboratório Maker oferece um universo amplo de disciplinas e possibilidades que auxiliam no aprendizado dos alunos, onde a maior luta é contra a falta de atenção e interpretação
Ruthe Kezia
Anchieta
As atividades que mais marcaram a professora, foram os circuitos, montar os carrinhos da ro-bótica, atividades com a impressora 3D, o projeto Estante Mágica, entre outras. ASO/Ruthe Kezia Há dois anos que a Escola Estadual Professor Osni Paulino da Silva, de Anchieta, conta com uma alternativa moderna e inovadora de aprendizado. Trata-se do espaço Maker, laboratório que oferece inúmeras ferramentas, as quais possibilitam o desenvolvimento de atividades práticas que estimulam o pensamento criativo das crianças e adolescentes.
O Governo do Estado foi quem disponibilizou os materiais do laboratório, incluindo equipamentos tecnológicos como cortadores a laser, impressora 3D, placas eletrônicas e kits de robótica. Além disso, estão incluídas ferramentas de fabricação manual como, furadeira de bancada, retíficas manuais e lixadeira, que garantem o desenvolvimento de projetos, experimentos e inúmeras outras possibilidades.
Para atuar como orientadora do espaço, a professora de artes que é efetiva na escola desde 2004, Maria Roseli, precisou realizar alguns cursos voltados à área de ciências da tecnologia. Ela conta ter muita afinidade com o espaço, porém nunca havia tido o contato com a robótica, Arduino, impressora 3D, entre outras ferramentas disponíveis no espaço: “
Aos poucos vou aprendendo e me desafiando. A CRE [Coordenadoria Regional de Educação] possibilitou alguns cursos e dá suporte técnico e frequentemente faço o curso da Vivo. Sem esses cursos não é possível atuar no laboratório”. Muito além da matéria de artes, o espaço Maker oferece um universo amplo de disciplinas e possibilidades, Roseli conta que precisa buscar conhecimento para que os alunos sejam os maiores beneficiados com o espaço. Nos momentos onde não há alunos na sala, ela está procurando atividades e propondo para os professores algumas delas, para que os mesmos levem os alunos até o laboratório.
Os alunos interagem muito quando vão no espaço Maker, Roseli conta que mesmo com toda tecnologia, algo que eles gostam, muitos optam por desenvolver suas atividades com as micro retíficas da parte da oficina, a exemplo do cerrote, lixadeira, madeira. Ela relata que os alunos sempre comentam que no Espaço Maker as aulas passam mais rápido.
Desenvolvimento dos alunos Muito maior do que os desafios da tecnologia e da infraestrutura, é o querer aprender dos alunos. Roseli destaca que um dos maiores problemas da atualidade é a interpretação e que a equipe pedagógica juntamente com a direção, planeja abrir turmas de reforço no contraturno, para desenvolver atividades práticas e ampliar o conhecimento dos alunos.
“Nos preocupamos com o desenvolvimento deles, não com os índices. O índice é uma coisa de momento, mas que faz diferença para a escola, mas a minha preocupação maior é o aluno e eu vejo que aquilo que eles aprendem aqui, eles não esquecem porque é prático”, relata a professora Roseli.
As atividades que mais marcaram a professora, foram os circuitos, montar os carrinhos da robótica, atividades com a impressora 3D, o projeto Estante Mágica, onde muitas atividades foram desenvolvidas no espaço Maker.
Ela gostaria que os alunos fossem mais ao laboratório, mas entende que a reforma da carga horária da educação básica, principalmente do ensino médio, dificultou a ida dos alunos ao espaço Maker. Roseli acrescenta que os alunos do ensino fundamental usam mais o laboratório do que os alunos do ensino médio.
Ela destaca a importância dos laboratórios escolares, além do espaço Maker, o Pops tem mais três: laboratório de informática, ciências e matemática. Esses laboratórios dão subsídios para os professores ampliarem as atividades, metodologias e diversificar o aprendizado e a forma de passar o conhecimento para os alunos.
De maneira geral os professores queixam-se do desinteresse e da falta de atenção dos alunos em sala de aula. Contudo as aulas práticas e dinâmicas nos laboratórios se mostram como um diferencial na aprendizagem dos alunos.
“Nunca imaginei que na reta final da minha carreira educacional eu estaria me desafiando desta maneira. Mas é legal, bacana, acabo aprendendo junto com eles e nos reinventamos juntos. Não há limites nos processos educacionais” conclui a orientadora do espaço Maker, Roseli.