01/07/2024 às 09h00min - Atualizada em 01/07/2024 às 09h00min

Acidente de trabalho deixa cicatriz em uma vida

O jornal Sentinela traz a memória, o acidente de trabalho de Jorge Luiz Wazen, que com 17 anos sofreu um grave acidente com uma plantadeira

Ruthe Kezia
Palma Sola
Seu antigo chefe, Picasso, [Eno Hartmann] pegou o trator – que está no canto esquerdo da imagem – e conseguiu levantar a plantadeira para retirar Jorge.
Nesta edição o jornal Sentinela, traz a memória um acidente de trabalho de Jorge Luiz Wazen, que ocorreu em dezembro de 1977 em Palma Sola. Jorge é natural de Chapadas no Rio Grande do Sul e chegou no município com sua família em 1972.
Desde muito novo ele começou a trabalhar, com 12 anos ingressou na empresa Link, do município. Na época do acidente, Jorge estava com 17 anos: “Ninguém esperava, a gente estava plantando milho em uma lavoura nova, eu olhei para trás e a plantadeira subiu em cima de um ‘camaleão’ [tufo de mato] e tombou, e eu fiquei debaixo”.
Ele conta que seu pai se desesperou e lembra que seu antigo chefe, Picasso, [Eno Hartmann] pegou o trator – que está no canto esquerdo da imagem – e conseguiu levantar a plantadeira para retirar Jorge. Ele foi encaminhado para Pato Branco e lá ficou por 20 dias, depois voltou para casa: “A dor que eu sentia era como se o meu braço [esquerdo] estivesse queimando, apodreceu tudo. Quando eu voltei pra casa, a cada cinco minutos eu tinha que tomar um remédio. Coitada da minha mãe, sofreu muito”.
Ele lembra, que seu pai chegava em casa do serviço e com as mãos cheias de graxa, passava pomada no buraco que ficou em seu braço.
Depois de um ano e meio afastado, ele voltou ao serviço: “Não fiquei com medo de voltar na mesma função, sempre gostei de trabalhar”. Jorge trabalhou por 15 anos na empresa Link e depois mais 20 anos na Palmasola SA.
Hoje com 65 anos, há 16 anos aposentado, com dois filhos e dois netos, ele declara que se tivesse que voltar no tempo, viveria tudo de novo: “Hoje a vida é difícil, não é mais como fomos criados, está tudo diferente. Então se fosse para voltar e acontecesse tudo isso comigo de novo, eu voltaria. A juventude de hoje tem um padrão diferente, nós fomos criados com polenta e feijão, e fomos ensinados a trabalhar, hoje eles não querem trabalhar”.
Jorge leva a cicatriz desse acidente em seu braço esquerdo, mas não esconde de ninguém, o milagre de ainda estar vivo e como passou a ver a vida diferente, depois desse episódio que marcou sua vida.
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